papel da mídia nas eleições 2014
“A mídia será o grande instrumento da oposição na eleição de 2014, que tem tudo para ser uma das mais sujas da história contemporânea do Brasil”. A aposta é de Altamiro Borges, jornalista e presidente do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé. Em palestra na sede da entidade, em São Paulo, realizada nesta terça-feira (11), ele e Renato Rovai, editor da revista Fórum, discutiram o papel dos grandes meios e das novas tecnologias de comunicação nas eleições de 2014. Em comum, a expectativa de um processo intenso, tanto do ponto de vista político quanto do jornalístico.
Inaugurando o Curso de Jornalismo e Política organizado pelo núcleo paulistano do Barão de Itararé, com encontros marcados ao longo de março e abril, Altamiro Borges avalia que o processo eleitoral deste ano será decisivo para setores conservadores da política brasileira. “A partir da primeira eleição de Lula, vivemos uma mudança de blocos no poder", diz, "e os blocos que estão fora do poder devem jogar todas as suas fichas em 2014”. vivemos uma mudança de blocos no poder", diz, "e os blocos que estão fora do poder devem jogar todas as suas fichas em 2014”.
Os blocos que agregam as forças de direita no país vêm de derrotas seguidas nas urnas em diversas esferas da política. “São partidos patrimonialistas, fisiológicos, que se habituaram ao poder e se enfraquecem muito fora dele”, ressalta. “É um bloco desesperado, que promete uma campanha suja e que deve ir além das manipulações de debate e das baixarias cometidas por Globo e Veja, respectivamente, na eleição de Fernando Collor, ou da ficha falsa de Dilma Rousseff publicada pela Folha de S. Paulo em 2010”, opina.
A força da(s) direita(s) e a mídia
Apesar de a direita partidária estar fragilizada, com a candidatura dissidente de Eduardo Campos e a rivalidade interna no PSDB, Altamiro Borges argumenta que há uma onda conservadora na sociedade brasileira, indo além da esfera