Escolas historicas
A Alemanha produziu a filosofia da história e seu antídoto: Hegel e Ranke são, respectivamente, os maiores representantes da filosofia da história e da história científica. Foi na Alemanha, a partir do inicio do século XIX, que se desenvolveu a crítica histórica, utilizando o método erudito, que os franceses tinham criado nos séculos XVI e XVII.
Erudito, baseava-se principalmente nos documentos diplomáticos para fazer a história do Estado e de suas relações exteriores, pois acreditava que as relações diplomáticas determinavam as iniciativas internas do Estado. Isto pode ser explicado pelas circunstâncias vividas na Alemanha época: o povo alemão lutava pela unidade nacional e, portanto, a guerra e a política exterior pareciam fundamentais. Ranke se interessava pela “originalidade” de um povo, de um individuo, pela psicologia individual dos grandes homens políticos. Era um conservador: nacionalista, interessava-se pelas questões dos Estados e defendia as posições da nobreza alemã.
A história, para Ranke, era o reino do Espírito, que se manifestava de forma individual.
A história se limitaria a documentos escritos e oficiais de eventos políticos. Ranke recusava-as, mas continuava a ser um historiador-filósofo. Sua resistência as filosofias da história se fundava em alguns princípios de método.
A escola histórica cientifica alemã era resistente ao socialismo e recusava a crítica social como função legítima do historiador.
A tensão nacionalista entre alemães e franceses estava em seu auge. Lucien Febvre o revelará ferozmente, ao considerar a história “positivista” a história dos “vencidos de 70”, a história da França humilhada e intimidada, produzida por derrotados que teriam assumido a “inferioridade francesa” com relação aos vencedores alemães.
Não é o Espírito que produz a história, mas o povo-nação e os seus líderes instalados no Estado.
ESCOLA DOS ANNALES
Entre 1946 e 1972, quando os Annales estiveram sob a direção de Braudel, este