Eritromicina tem espectro antimicrobiano relativamente extenso, incluindo cocos aeróbios Gram positivos (Staphilococcus aureus, Streptococcus sp.) bacilos Gram positivos (Corynebacterium diphteriae) bacilos aeróbios Gram negativos (Campylobacter foetus, Legionella pneumophila e Bordetella pertussis), Chlamydia sp, Treponema pallidum, Mycoplasma pneumoniae e M. avium complexo. Neisseria sp. não produtora de penicilinase lhe é sensível. Proporção progressivamente crescente de cepas de S. pneumoniae tem-se mostrado resistentes à eritromicina e outros Macrolídeos, em particular entre cepas com resistência às penicilinas. S. aureus meticilina-resistentes são resistentes à eritromicina. Tem pouca atividade contra H. influenzae. Enterobacteriáceas e Bacteroides fragilis são usualmente resistentes. É comercializada como ésteres (estolato, estearato e etilsuccinato) que possibilitam administração oral e intramuscular e mascaramento do amargor da eritromicina base. Estolato e etilsuccinato, mais estáveis em meio ácido, têm melhor absorção gastrintestinal, não prejudicada pela presença de alimentos. O estolato de eritromicina não é recomendado a hepatopatas e gestantes, devido ao risco de desenvolvimento de hepatite colestática de fundo alérgico. Estolato pode ser usado em crianças. Estearato de eritromicina tem uso restrito para tratamento de infecções por microorganismos Gram positivos em gestantes alérgicas às penicilinas. O uso é limitado primariamente pelos efeitos adversos gastrintestinais (dor epigástrica, diarréia, náusea e vômito), condicionantes de que cerca de um terço dos pacientes não complete a terapia. Além disso, necessidade de múltiplas doses diárias e regime de tratamento prolongado podem também comprometer a efetividade da terapia pela redução da adesão do paciente.
O estearato de eritromicina tem sido administrada sem restrições a gestantes alérgicas à penicilina, no tratamento da sífilis. Com as doses terapêuticas usuais, concentrações séricas muito