Ensino
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
RESUMO
Este trabalho apresenta algumas considerações sobre o ensino e a aprendizagem de Língua
Portuguesa na escola brasileira. Parte-se de uma reflexão teórica sobre a temática, valendo-se da contribuição de estudiosos da língua/linguagem, sobretudo, em foco, nas últimas décadas, entre os quais se destacam: Bakhtin, Geraldi, Possenti, Soares, Bagno, Brito, entre outros.
Numa análise conclusiva, entende-se que integrar leitura, produção de texto e análise linguística, considerando princípios da sociolinguística interacional, é o desafio para quem ensina e para quem aprende. Portanto, urge que se estabeleça uma “linguagem” que aproxime academia, documentos/propostas institucionais e escola básica, de forma que não se imponha uma hierarquia entre tais elementos. Ademais, criticar o ensino de língua materna, majoritário da escola básica brasileira, se torna lugar comum quando essa crítica se encerra nela mesma.
Palavras-chave: ensino-aprendizagem; língua materna; sociolinguística
É fato que o discurso de que aluno que “não sabe” Português, “não sabe” Matemática,
História, Geografia..., tem se fortalecido, atribuindo ao ensino de língua materna o status de
“vilão” da qualidade da educação no País. Atrelado a isso, os resultados de exames nacionais aplicados, por iniciativa do Governo Federal, a exemplo do Sistema Nacional de Avaliação da
Educação Básica - SAEB, Prova Brasil, Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM, entre outros, a despeito de algumas críticas, têm sido desalentadores ao tempo em que desvela a aquisição da leitura e da escrita como uma problemática presente em todos os níveis da educação básica formal.
Esse fato não tem sido omisso para os estudiosos da língua/linguagem. No dizer de
Geraldi (2000), questões que envolvem o ensino da língua materna na escola brasileira têm sido objeto de um minucioso esquadrinhamento, responsável por uma vasta