Educação
Fichamento do texto:
ROULET, Eddy. “A gramática tradicional”. In: Teorias linguísticas, gramáticas e ensino de línguas. Tradução de: Geraldo Cintra. São Paulo: Pioneira, 1978. (p. 1-17).
O texto inicia-se com a abordagem da variedade de gramáticas tradicionais e suas falhas. Em A Linguística Cartesiana, Chomsky utiliza dois exemplos: o da Grammaire de Port Royal que apresenta os elementos e termos de uma maneira mais detalhada que as tradicionais; e em Lyons que também é mencionado a importância das análises tradicionais.
Quanto as gramáticas utilizadas nos dias atuais podemos observar a existência de muitas falhas no que diz respeito a aprendizagem de expressões orais e escritas. O autor acredita que a aprendizagem do aluno na formações de orações, por exemplo, se torna difícil devido a maneira que essas gramáticas trazem o estudo da língua.
O texto apresenta seis falhas nessas gramáticas tradicionais, nocivas no ensino de línguas vivas. São elas:
- Os manuais tradicionais não dão conta da língua atualmente em uso e impõe uma norma que é geralmente a dos grandes escritores de séculos passados.
- Os manuais tradicionais, até os mais recentes, descrevem somente a língua escrita em detrimento da língua falada, ou confundem os dois códigos.
- Os manuais tradicionais frequentemente detêm-se longamente em pontos secundários (abordando em particular o domínio da ortografia), mas negligenciam construções importantes.
- Os manuais tradicionais geralmente atribuem lugar predominante à morfologia, sem dar a devida atenção à sintaxe.
- Os manuais tradicionais não fornecem regras que permitam construir sistematicamente orações complexas corretas.
- Os manuais esboçam por vezes um tratamento de certos fatos fonéticos e lexicais que é, no mais das vezes, inadequado.
Tratando-se do plano de forma e da apresentação das gramáticas, as falhas são consideradas mais agravantes quanto as de conteúdo. São elas: