O Poder da Música
Por Michelson Borges, jornalista e mestre em teologia
Fonte: criacionismo.com.br
A música tem realmente o poder que alguns lhe atribuem? O rock e estilos assemelhados podem ser usados como música sacra? A bateria é um instrumento musical apropriado para o louvor a Deus? O que dizer do exagero nos melismas? Quais os conselhos divinos para o louvor mais apropriado?
Quando era adolescente, no fim dos anos 1980 e começo dos anos 1990, eu apreciava o chamado rock progressivo, estilo de rock que surgiu no fim da década de 1960, na Inglaterra. Mas minha preferência musical era, de fato, o rock brasileiro dos anos 1980. Minhas bandas prediletas eram Legião Urbana, Engenheiros do Hawaii, Paralamas do Sucesso, Capital Inicial, entre outras. Vivia de rádio ligado (os CDs ainda não estavam popularizados) à espera de canções que diziam coisas como estas:
“Nós não precisamos saber pra onde vamos, nós só precisamos ir. Sem motivos, nem objetivos, estamos vivos e isso é tudo” (Engenheiros do Hawaii).
“Se lembra quando a gente chegou um dia a acreditar que tudo era pra sempre, sem saber que o pra sempre sempre acaba” (Legião Urbana).
“Quando tá escuro e ninguém te ouve, quando chega a noite e você pode chorar, há uma luz no túnel dos desesperados, há um cais de porto pra quem precisa chegar. Eu tô na lanterna dos afogados, eu tô te esperando, vê se não vai demorar” (Paralamas do Sucesso).
“O tempo não passa quando falo sozinho. Ninguém sabe onde estou nem pra onde eu vou; mas se tudo der errado, eu quero estar do seu lado dançando à beira do precipício” (Capital Inicial).
Qual era o efeito de tudo isso? A sensação de depressão, inconformismo e desesperança. Pelo menos era o que eu sentia. Uma das músicas, “Faroeste Caboclo”, conta a história de uma vida trágica, tem nove minutos de duração e eu sabia de memória (creio que ainda consigo me lembrar de quase toda, se quiser).
A música mexe com os sentimentos e ajuda a