A charge que nos é apresentada é uma provocação no sentido de refletirmos sobre o que de fato é a aprendizagem e como essa aprendizagem se processa. Toda aprendizagem acaba influenciando no comportamento do ser humano, processo, esse, que se inicia desde o ato do nascimento até a morte do indivíduo. É importante enfatizar, que a aprendizagem não se realiza apenas dentro de ambientes e de contextos formais, como a escola, a família, a igreja, entre outros, mas, ocorre simultaneamente em ambientes informais. Tais ambientes, os informais, exercem uma grande influência e muitas vezes em grau muito mais intenso do que àqueles convencionais. A interação do indivíduo com outros de sua espécie e com situações que envolvem novas experiências provocam, no mesmo, novas formas de perceber e de interpretar o mundo a sua volta. Essa aprendizagem é caracterizada como “aprendizagem circunstancial” e reflete no comportamento e na forma de se localizar no mundo e dentro das relações que experimenta em cada momento de sua existência humana. Dentro dessa perspectiva, aprender e aprendizagem não se restringem a aquisição de conhecimentos, mas, possui um significado muito mais plástico, muito mais amplo. Eles estão associados às mudanças na vida do sujeito e de seus pares, às novas e ricas experiências relacionais, as quais implicam aprendizado, trocas de experiências, erros e acertos, busca de novos significados e desenvolvimento de novas significações e interpretações do mundo e dos elementos que o constitui. A aprendizagem em si não pode ser mensurada, pois é parte do ser subjetivo, é uma experiência solo, una. O que pode ser mensurado é o resultado das mudanças de comportamento, das atitudes de um ou mais indivíduos, que externalizam essas mudanças por um longo período, passíveis , ainda, de mutações. Podemos, sim, medir o desempenho daquele ou daqueles que apresentaram significativas alterações - que se manifestam por um período