Educação infantil
O atendimento a crianças em educação infantil tem sua origem nos séculos XVIII e XIX com as pesquisas sobre as crianças abandonadas na Europa, constatando o grande número de crianças e jovens que circulavam pelas ruas sem referência familiar. Este foi um momento importante de reconhecimento social e institucionalizado da sociedade assumir a responsabilidade sobre os filhos rejeitados por suas famílias. A partir do século XIX começam a surgir às diferenciações institucionais para cada público determinado, e para as crianças a criação de berçários, casas-asilos, lactários, consultórios de puericultura, entre outros para atendê-las. Este processo levou ao reconhecimento das diferenças entre as crianças e os adultos, isto é, a criança deixa de ser vista como um adulto em miniatura, e sim uma faixa etária com características e necessidades específicas. As crianças sem família eram recolhidas por sacerdotes, padres, freiras com o objetivo de acolher, alimentar, ensinar a doutrina cristã e ofícios. Estas eram as características dos orfanatos que permaneceram por muito tempo. Este processo foi sendo modificado com o passar do tempo e o surgimento de outras propostas de trabalho com as crianças, por exemplo, as creches francesas, mostraram que as crianças podem ser cuidadas em ambiente que não o familiar. A Revolução Industrial, o êxodo rural e a entrada da mulher no mercado de trabalho foram marcos históricos fundamentais para o aumento da demanda de Instituições de Educação Infantil para atender os filhos das mulheres que trabalhavam em período integral. Ao retomar o processo histórico, temos o caráter filantrópico das instituições que se destinavam a atender as crianças, portanto, as práticas desenvolvidas pelas mesmas têm essa marca compensatória para sanar as supostas faltas e carências das crianças e de suas famílias. No Brasil temos a infância dos curumins catequizados pelos