Diretrizes para o Curso de Pedagogia
DIRETRIZES CURRICULARES PARA O CURSO DE PEDAGOGIA: concepções em disputa
As Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em Pedagogia (DCNP) resultaram de um longo e agitado processo de elaboração. Para a composição das diretrizes, como inicio da reforma do ensino superior, foram nove anos de muitas discussões, disputas e tentativas de acordo. A demora deste processo é consequência das diferentes propostas e ideias de formação de professores/educadores e de cursos de pedagogia existentes. O Estado criou um projeto que acolhia uma nova regulação educativa, representando os interesses básicos. Com isso gerou uma rápida mobilização das entidades da área da educação, que deixaram claro sua negação ao novo estatuto enviando ao MEC/CNE documentos recusando a proposta. Foram três manifestações contrárias à posição oficial: I) da Associação Nacional pela Formação dos Profissionais da educação (ANFOPE); II) do Fórum dos Diretores das Faculdades de Educação (FORUMDIR) e III) do Manifesto de Educadores Brasileiros dobre as Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Pedagogia (MANIFESTO). A FORUMDIR e a ANFOPE defendiam a mesma ideia, levando em conta que as duas entidades haviam juntado encaminhado seu posicionamento ao CNE. O posicionamento conjunto defendia a tese da docência como base da formação do pedagogo. Já o MANIFESTO foi organizado por três educadores: Libâneo, Pimenta e Franco, e assinado por cerca de cem professores defensores da mesma ideia. Onde seu posicionamento é contrário à ideia de docência como base da formação do pedagogo, também contra a proposta reducionista do CNE. No qual não foi considerado por não se formar em manifestação originada. Temos então, duas propostas de formação: o projeto de formação de professores, formado pelo MEC/CNE; e o projeto de formação de educadores, representado pela ANFOPE. A sociedade civil passou a ser chamada para compor comissões técnicas