Direitos humanos e educação no brasil
No plano da interdiscursividade, o tratamento da questão dos direitos humanos implica, nas estruturas acadêmicas e curriculares da graduação e da pós-graduação em Direitos Humanos, num aprofundamento em proposições teóricas discursivas de diversas matérias, distribuídas em diferentes disciplinas e provenientes de variados ramos do conhecimento.
Trata-se, em suma, de uma abrangência em diferentes níveis de racionalidade. Somente no âmbito da racionalidade formal, os sentidos de distintos discursos e argumentações acadêmicas precisam ser intercruzados e aprimorados. Isso também envolve a formação ideológica dos agentes envolvidos, docentes e discentes.
História, direito, filosofia, psicologia, sociologia, antropologia, é este o amplo universo dos direitos humanos. O trabalho interdiscursivo e suas manifestações são produzidos em regime de co-autoria, no curso do processo interativo. O interdiscurso é responsável, desse modo, por uma rica dinâmica argumentativa e crítica, de construção, desconstrução e de re-significação, ao nível lingüístico e no universo da ação social.
Daí a importância de fazer uma pós-graduação em Direitos Humanos e Diversidade. Em um mundo globalizado, que privilegia os iguais e mais fortes, precisamos nos voltar para a implantação dos direitos humanos igualitários e universais, na escola, nos serviços públicos, enfim, na sociedade como um todo. Cuidando para tratar os desiguais, conforme suas necessidades, sem destacar suas diferenças como defeitos.
Por fim, cabe destacar que um ponto sensível da pós-graduação no Brasil refere-se ao seu potencial de diferenciação e, nesse contexto, se coloca a questão da transdisciplinaridade. Alguns fatores limitantes são a rígida organização das Universidades públicas em departamentos unicurriculares e a visão monodirecionada dos programas institucionais de avaliação. Isso, em geral, restringe a capacidade de diversificação da pós-graduação, limitando o seu