Direitos de personalidade
CARL JUNG
Este livro, de C. G. Jung, tem como um de seus pontos principais a idéia da autonomia do inconsciente, conceito aliás, que serve como notável diferencial de suas idéias à concepção de Freud. Jung foi discípulo de Freud, e sempre explorou e pesquisou, a "nova" psicanálise no sentido de aperfeiçoar a concepção de seu mestre.
O livro, apoiado nessa idéia, vai falar da relação existente entre a consciência do eu e o processo inconsciente. Estudou em especial as ações sob influência do inconsciente. Buscando melhores explicações, sem no entanto, conseguir que a natureza e a essência do processo inconsciente deixasse de ser um mistério para ele.
O objetivo do livro é descrever a relação entre a consciência do EU e o processo inconsciente.
Procura descrever os fenômenos que podem ser qualificados como manifestações relativas da personalidade consciente diante da influência do inconsciente.
Não se sabe a natureza e a essência do processo inconsciente.
Parte I
I . INCONSCIENTE PESSOAL E INCONSCIENTE COLETIVO
De início, Jung introduz uma contra-idéia à afirmação de Freud, de que o inconsciente conteria apenas as partes da personalidade reprimidas durante a infância, afirmando que o inconsciente não se reduziria a isto, contendo também componentes psíquicos subliminais, ou seja, componentes que os indivíduos absorviam sem perceber que o faziam, como ocorre, por exemplo, na propaganda subliminar\subliminal que faz uso de alguns elementos especiais, que seriam captados apenas pelo inconsciente e, conseqüentemente, estimularia certas atitudes, como a compra de um determinado produto.
Pode parecer um pouco distante, mas este exemplo deixa mais ou menos claro como as coisas podem acontecer e interferir nas ações futuras de uma pessoa, sem que a mesma sequer tome conhecimento, pelo menos não no plano consciente. E são justamente estes componentes, informações, que