Direito e leis
REFERÊNCIAS: FULLER, Lon. L. O caso dos exploradores de cavernas. São Paulo: Sérgio Antônio Fabris Editor, 1999.
ARGUMENTOS E DEFESA: Os seres humanos são todos passíveis de erros, e, muitas vezes de erros grotescos; Mas os homens de quem estamos falando, nesse momento, encontravam-se em situação na qual certo e errado, simplesmente não existia, por mais que cada um tivesse o conceito formado em sua cabeça. O que existia era uma luta descomunal entre vida e morte, e como em uma disputa acirrada entre duas partes, logicamente, uma ganha e a outra perde. Whetmore perdeu e serviu de subsistência para seus companheiros.
Se a manutenção da vida destes homens não fosse importante, então, por que uma equipe de salvamento foi até as ultimas conseqüências, inclusive perdendo dez de seus homens, para salvar apenas cinco? Em uma guerra, muitos homens se perdem para defender um território e as pessoas que nele vivem. Na guerra contra o tempo, bravos operários lutaram durante trinta e dois dias para salvar a vida de cinco exploradores famintos e desesperados. E se todos os seus esforços tivessem sido em vão? Se todos os homens tivessem morrido por inanição? Seria justo? O que é justiça diante de uma situação em que vida e morte estão no mesmo patamar?
Sim, houve premeditação na morte de Whetmore, que inclusive, foi o primeiro a destacar a possibilidade de matar outrem para saciar a fome dos demais, mas desistiu no último momento; no entanto, deve-se lembrar que ao destacar tal possibilidade, ele formalizou oralmente um contrato naquela sociedade ali existente e, desta forma, despertou os instintos animais e ao mesmo tempo iluminou uma ideia de sobrevivência adormecido nos outros. Partindo desta ideia, Whetmore também é responsável pela sua própria morte.
Após reflexão, fica muito claro que os quatro exploradores só assassinaram Whetmore porque estavam sob condições adversas à aquilo que foram acostumados em sua