Direito Alternativo

11306 palavras 46 páginas
INTRODUÇÃO

O presente trabalho visa apresentar uma filosofia jurídica nascida na Itália e nacionalmente originada no Rio Grande do Sul, sua história, filosofia, opiniões e métodos.
Surgido na Europa em dois países que passavam por grande transformação social, um deles vivenciava uma era de otimismo por parte de toda a população enquanto outro sofria um cruel sistema ditatorial, relata-se a luta dos magistrados insatisfeitos com o cenário político-administrativo do poder judiciário e romperam com a neutralidade dos juízes, desafiando a autoridade dos tribunais.
Aparece no Brasil como uma denuncia mal intencionada de um jornalista em desmoralizar juízes gaúchos queixosos do ordenamento jurídico, acaba recebendo diversos simpatizantes por todo o país.
Através das teorias do jusnaturalismo e juspositivismo pode-se filtrar o que o movimento do Direito Alternativo usa de cada uma para atingir seu objetivo através da militância jurisdicional de seus membros.
O Direito Alternativo é apresentado, bem como uma explanação sobre seus principais membros, os aplicadores do Direito, os magistrados e sua principal ferramenta de trabalho: a interpretação é dissecada em diversos mecanismos para se chegar a um bom uso do Direito.
Finalmente chega-se a uma breve discussão sobre justiça, o objetivo dos juristas alternativos, buscando conceituar a justiça numa sociedade e mostrar seus princípios básicos, bem como sua concepção para o Direito Alternativo.

CAPÍTULO 1 – A HISTÓRIA DO DIREITO ALTERNATIVO

1.1 – No Mundo.
1.1.1 – Itália.

Os primeiros pensamentos sobre uma atividade jurídica diferente da pré-estabelecida surgem na Itália no pós Segunda Guerra Mundial em um cenário de expansão econômica e industrial, gerando na população, um sentimento otimista quanto ao atendimento de suas necessidades básicas e, portanto, estabelecendo uma convivência pacifica entre as classes sociais.
Durante o regime fascista, os magistrados italianos eram

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