Instituto Royal
Empresa afirma que prejuízos são “imensuráveis” e que invasão ao laboratório gerou ambiente de insegurança para a pesquisa
TWEET
ENVIAR
Imprimir
TATIANA FARAH (EMAIL)
Publicado: 6/11/13 - 14h09 Atualizado: 6/11/13 - 14h18
SÃO PAULO - Alvo dos movimentos de defesa dos animais, o Instituto Royal encerrou suas atividades em São Roque (a 54 quilômetros de São Paulo). O laboratório foi invadido no dia 18 passado por ativistas que levaram 178 cães da raça beagle que serviam a pesquisas científicas. A instituição, que vinha sendo investigada pelo Ministério Público e teve seu alvará suspenso pela prefeitura, anunciou o encerramento das atividades em uma nota pública nesta quarta-feira.
De acordo com o instituto, a invasão ao prédio fez com que a empresa perdesse dez anos de pesquisas. O encerramento é, segundo a empresa, em caráter definitivo. Continua em funcionamento a unidade Genotox, instalada em Porto Alegre. “O prejuízo causado ao Instituto Royal não é mensurável. Mas é certo que o Brasil inteiro perde muito com este episódio, lamentavelmente”, afirma a nota.
“Tendo em vista as elevadas e irreparáveis perdas e os danos sofridos em decorrência da invasão realizada no último dia 18 - com a perda de quase todo o plantel de animais e de aproximadamente uma década de pesquisas -, bem como a persistente instabilidade e a crise de segurança que colocam em risco permanente a integridade física e moral de seus colaboradores, os associados concluíram que está irremediavelmente comprometida a atuação do Instituto Royal para dar continuidade à realização de pesquisa científica e testes mediante utilização de animais”, diz a nota divulgada à imprensa.
Segundo o instituto, funcionários serão demitidos. No site, a empresa afirma ter 85 funcionários, incluindo os pesquisadores.
“A interrupção acarretará o desligamento de funcionários, todos já comunicados da decisão. Mantém-se, por ora, o Comitê de Ética