Dificuldades de ensino de quimica para surdo
Resumo: O presente trabalho descreve resultados de uma pesquisa qualitativa realizada em uma escola para alunos surdos, do Ensino Médio. Entre as principais observações destacam-se, uma diferença linguística existente entre a Língua Portuguesa e a Língua Brasileira de Sinais (LlBRAS), a motivação dos alunos da escola para participarem de atividades práticas e uma adaptação de material didático para os alunos acompanharem as aulas de química. Verificou-se também que em LIBRAS, não existe sinais químicos oficiais. Diante dessa realidade, os alunos surdos têm um vocabulário escrito muito restrito, em virtude de a Língua Portuguesa ser a segunda língua do surdo, o processo da aprendizagem química é realizado com combinações de sinais em cada escola que utilize LIBRAS.
Introdução
Considerando que a Língua tem por base a comunicação em símbolos linguísticos, ou sinais, e que a Linguagem tem por base a fala (oralismo) ou a escrita de uma língua, o aluno surdo tem por direito ser bilíngue. Ou seja, sua educação é desenvolvida em uma aprendizagem da Língua Brasileira de Sinais e da Língua Portuguesa, ou as duas línguas ao mesmo tempo (Comunicação Total), para assim ele ser um cidadão completo e apto a desenvolver qualquer competência. Por isso à esta pesquisa compete a seguinte pergunta: Como ocorre o ensino e a aprendizagem de Química no Ensino Médio com os alunos surdos?
Os principais objetivos do trabalho são compreender como ocorre o ensino e a aprendizagem dos alunos surdos em aulas de Química e identificar as facilidades e/ou dificuldades em relação à aprendizagem da linguagem química. Para isso, foram observadas aulas de uma turma de segundo ano do Ensino Médio de uma escola para surdos, durante os meses de junho e julho; elaborou-se uma entrevista em vídeo com a professora de LIBRAS da escola e outra com os alunos; aplicou-se um questionário à professora regente da