Educação
INTRODUÇÃO Nos últimos anos, o avanço tecnológico e científico fez emergir em nossa sociedade o que popularmente intitulamos como a era da informação, de modo que uma vasta gama de conhecimento vem sendo compartilhada pelo fenômeno que conhecemos como processo de globalização. Desta forma, compreender os conceitos científicos torna-se fundamentalmente importante em uma sociedade que cada vez mais exige não só que seus indivíduos detenham o conhecimento, mas que igualmente sejam capazes de aplicá-los em seu dia-a-dia de maneira crítica numa visão transformadora da realidade, logo, apropriar-se do conhecimento científico é também uma questão de cidadania. Dentro desta perspectiva, os surdos merecem atenção especial visto que, o processo de inclusão social enquanto fenômeno trouxe um novo conceito para a educação destes, acreditando ser a inserção no ensino regular o método mais favorável para a sua aprendizagem. No entanto, uma das questões controversas no ensino dos surdos reside desde os primeiros registros históricos de seu ingresso na educação e até hoje persiste em nossa sociedade, ou seja, a linguagem, considerada procedimento crucial para comunicação e ainda conforme preconiza Vigotski (apud LACERDA, 2006):
A linguagem é responsável pela regulação da atividade psíquica humana, pois é ela que permeia a estruturação dos processos cognitivos. Assim, é assumida como constitutiva do sujeito, pois possibilita interações fundamentais para a construção do conhecimento.
Posto que, a linguagem científica muitas vezes apresenta determinados conceitos complexos que exigem certo nível de abstração e que, ao considerarmos que em uma sala de aula regular a maioria do alunado é composta por ouvistes, e que isto tem influência sobre a dinâmica da aula, faz-se necessário a busca