Didatica e formação de professores
Curso: Química (Licenciatura) Disciplina: Didática Profa. MSc. Leila Pessôa da Costa
A mediação como fundamento da didática é abordada aqui na perspectiva da ontologia do ser social, e portanto, a mediação é ontológica por ser uma possibilidade exclusiva do ser humano. E para discutir esta questão, optou-se pela apresentação de três tópicos: a mediação; no segundo achar respostas para a pergunta “numa aula expositiva a fala do professor é única, mas e a compreensão dos alunos?”; e no terceiro deles discute-se a didática.
Quando se compreende a mediação como um produto, a necessária relação entre dois termos (professor e aluno, por exemplo) se reduz à soma de ambos, o que resulta na sua anulação mútua, levando-os ao equilíbrio. Ou seja, nesta concepção (que é a adotada pelos pesquisadores da educação no Brasil de hoje), a mediação tem o sentido de igualdade, ou mais, a possibilidade de minimizar ou até mesmo eliminar a diferença entre os termos ensino e aprendizagem ou entre o conhecimento sistemático e a experiência cotidiana, ou ainda entre professor e aluno. Entretanto, embora esta forma de conceber a mediação possa nos parecer a mais óbvia e sensata pois é a melhor maneira de contribuir para o entendimento do processo educativo, ela ainda está distante daquela desenvolvida pela filosofia. Sendo assim, a mediação entendida como uma categoria filosófica, que alcança seu pleno desenvolvimento em Hegel, e portanto ela é dialética e tampouco pode ser entendida fora deste método de análise, se contrapõe a idéia de produto, pois esta noção não tem lugar na dialética, que aceita apenas a idéia de processo, baseado nas noções de forma e movimento. Hegel afirma em seu método que “o círculo é um círculo dos círculos”, ou seja, para ele na lógica dialética as categorias movimento, contradição e a superação, constituintes da mediação, não podem ser entendidos de modo linear, o que os faria cumulativos. Segundo esta