Dias de hoje, fronteira dos EUA
Mas a inteligência governamental recupera o que parece ser uma cápsula espacial desconhecida da era soviética. E, surpresa, dentro dela, encontra um moleque russo, debilitado, com câncer e imunidade baixa. Talvez um sobrevivente de uma secreta missão a Marte nos anos 80.
Enquanto a Casa Branca precisa de respostas, a cada hora a história parece mais enrolada. O cosmonauta aparentemente nasceu em Marte, planeta para onde a antiga União Soviética mandara uma espaçonave, cujos tripulantes sobreviveram com os recursos de lá a procriaram, algo cientificamente possível.
É a sinopse de Pioneer One, série americana criada por Josh Bernhard, escritor, e Bracey Smith, diretor, que, diferentemente da maioria das séries produzidas, não teme a pirataria e nos quer corsários.
Ela é distribuída diretamente por meio da rede BitTorrent – responsável pelo compartilhamento de milhares de filmes e séries piratas –, proposta inédita que discute a guerra de trincheiras entre grandes produtores e torrents, extensões que possibilitam o compartilhamento de arquivos entre pessoas.
Com o engenhoso plot na cabeça, e sem a pretensão de fazer uma megaprodução, a dupla largou empregos e levantou grana numa campanha no site Kickstarter – a maior plataforma para se levantar fundos a projetos criativos, apoiada por Sundance Festival, YouTube, New York Times, CNN, Wired e outros. Dois meses depois, estrearam o piloto no site VODO.net.
Ganharam o prêmio de melhor drama do NYFTV (New York Festival Television). Inauguraram a era da “série de TV sem TV”.
Os dois avisam no primeiro episódio: os próximos só serão realizados se os telespectadores doarem uma grana ou comprarem a camiseta ou o pôster da série no site de vendas com o sugestivo nome hackerthreads.
Rolou. Cada vez que a grana