Teoria da História
Licenciatura em História
Professora: Lucélia
Aluna: Hayana Suzy Ferreira Freitas.
Sidney Chalhoub em seu texto “Zadig e a História” lança a seguinte afirmação: “O historiador, através de um esforço minucioso de decodificação e contextualização de documentos, pode chegar a descobrir a “dimensão social do pensamento”“.1
Essa dimensão social do pensamento se refere à forma como pensa coletivamente uma sociedade, a forma como ela defende seus interesses, ora renegando e “escondendo” fatos do passado que possam envergonha-la, ora glorificando e legitimando atos que colaborem e fortaleçam a criação da imagem que esta sociedade quer dar de si mesma. Dessa forma percebe-se que a história é vigiada e que “controlar o passado sempre ajudou a dominar o presente”. E é exatamente exercendo um controle sobre o passado, que os moradores da cidade de Pfilzing dominavam a memória coletiva do presente. A própria Sonia Rosenberger tinha, inicialmente, o objetivo de mostrar como a sua cidade havia permanecido íntegra durante o governo de Hitler e a época nazista, mostrando assim o quão equivocada a estudante estava e o quanto pouco sabia sobre o real passado da cidade de Pfilzing. Sonia Rosenberger em sua jornada de pesquisa se deparou com inúmeros obstáculos, nos mostrando que a prática da pesquisa histórica requer muito trabalho e luta. Mostrando também que as fontes históricas não estão sempre disponíveis, prontas e organizadas para o historiador, segundo Chalhoub:
“Os fatos nunca estiveram lá, de tocaia, prontos para tomar de assalto as páginas dos historiadores; foi preciso investigar seus rastros -documentos- e construí-los a partir dos interesses específicos de cada autor[ ...]2
Nesse contexto, “investigar seus rastros” assume não só a função de chegar através de muito estudo e pesquisa, até os fatos históricos, significa também contextualiza-los, ou seja, buscar entender sob