Dialogismo
Curso de direito = Português aplicada ao direito
Prof. Jairlla Barreto
Michael Freire e Neide Rodrigues
“Dialogismo, polifonia e construção do conhecimento”
Há muito tempo a humanidade tenta desenvolver explicações e teorias sobre a comunicação e seus fundamentos, uma das correntes atuantes dizia que o diálogo era imutável, estável e normativo (pensamento saussuriano), visto como algo imposto, que não se altera com o tempo, obrigatório no sentido de aceitação do teor de sua mensagem, como se não houvesse interpretação diversa a do emissor.
Com o surgimento da teoria Barktiniana, colocou-se em “cheque” toda essa imutabilidade e se defendeu uma nova posição linguística, apontando-a como um processo evolutivo-social e não algo pré-moldado. Essa defesa conclui que um processo de comunicação compõe-se de diversos elementos: as influencias, as experiências individuais, textos, aprendizados, situações cotidianas incorporadas na vida da pessoa, em outras palavras, determinado discurso de um ser já foi dito por outro, em uma outra época.
A fala é um compartilhamento de ideias, revela a origem histórica e cultural, que muda de pessoa para pessoa, país para país, povo para povo, podendo ser detectada, se tornando vital para compreensão e percepção teórica, combatendo a inercia, a imutabilidade, a rigidez inquestionável. Hoje há capacidade para refletir, compreender e detectar uma cadeia lógica de ideias que estão por trás de um discurso, fala, ou diálogo.
Para se construir um diálogo, envolve além do seu locutor e receptor, a intencionalidade de se dialogar e sua cadeia de construção, essa intenção é a base para cada fala, cada pensamento, dito por alguém em algum momento de sua vida e que aceito, foi incorporado a si, seja uma conversa, livro ou histórico vivido, tudo se interliga, entendendo o seu contexto e signos, isso teremos sucesso na aceitabilidade da mensagem.
Com essa mudança no entendimento do diálogo, as teorias seriam sempre as