Resenha crítica por uma arquitetura le corbusier
Os arquitetos são desencantados e desocupados, faladores ou lúgubres. E que em breve não terão mais nada a fazer. Não temos mais dinheiro para construir monumentos históricos.
O engenheiro, inspirado pela lei de economia e conduzido pelo cálculo, nos põe em acordo com as leis do universo. Atinge a harmonia. Mesmo com essas ideias, que nos coloca a pensar que Le Corbusier faz uma crítica negativa ao arquiteto, e elogios ao engenheiro, faz-se necessário perceber que, além disso, existe uma preocupação com a classe profissional (o futuro dos arquitetos) e o legado que os arquitetos deixarão para o futuro, pois, nesse momento há um pensamento moderno, que abandona a ideia de seguimentos de elementos passados, procurando novas técnicas construtivas, com base no funcionalismo e das necessidades humanas. Dessa forma, mostra que o engenheiro busca harmonia inspirada pela lei de economia, e conduzida pelo cálculo, proporcionando pontos positivos numa sociedade que precisa de uma arquitetura que atenda as necessidades presente, e não mais uma arquitetura ultrapassada e repetida.
Através da citação do livro mostra a distinção de harmonia e sensação estética tratada pelo arquiteto e pelo engenheiro, o arquiteto baseia em formas, realiza uma ordem que é pura criação de seu espírito; pelas formas, afeta intensamente nossos sentidos, provocando emoções plásticas; pelas relações que cria desperta em nós ressonâncias profundas, nos dá a medida de uma ordem que sentimos acordar com a ordem do mundo, determina movimentos diversos de nosso espírito e de nossos sentimentos; sentimos então a beleza. Os engenheiros empregam um cálculo saído das leis da natureza e suas obras nos fazem sentir a harmonia. Existe então uma estética do engenheiro, pois é preciso, ao calcular, qualificar certos termos da equação, e aí é o gosto que intervém. Ora, quando se maneja o cálculo estamos num estado de espírito, o gosto segue caminhos seguros.
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