Dialetos dos paulistanos
Linguagem popular em São Paulo
Arranchar: acampar, estabelecer moradia, fixar-se (vem de rancho e se origina do linguajar tropeiro)
Arribar: chegar (a expressão chegue é usada no sentido de entar na casa)
Assuntar: perguntarm inquirir, também meditar
Assustado: baile de improviso, função
Banzé: desordem briga confusão
Batuta: excelente, ótimo. Usado para dar nome a animais domésticos.
Biriba: o mesmo que caipira ou tropeiro. Também é um jogo de cartas
Bizarria: esforço, bravura, valentia. Como vai essa bizarria?
Boneca: espiga de milho madura. O milharal fica então embonecado
Breganhar: substantivo e verbo. Troca, barganha
Cacunda: costas, ombro, corcunda
Cadê: forma popular, interrogativa corrente, empregada no sentido de "que é de", "onde está”
Cafundó: lugar distante, ermo, desértico. Morar no cafundó, ir para o cafundó. Curiosamente tornou-se um nome de família.
Caipirismo: coisa, mancada, atitude de caipira. Caipirada
Calumbo (calombo): inchação, protuberância, acidente do terreno
Cambito: pau para amarilho, perna fina
Carne-de-vaca: coisa muito comum, vulgar, banal
Casamento de espanhol: sol e chuva
Casamento de raposa: sol e chuva
Catinga: mau cheiro, fedor
Catingueiro: capinzal que cresce em lugares altos, a salvo da geada; outro nome do veado campeiro
Cheiro de história(s): vaidoso, enjoado, complicado
Chucro: bravo, não domado, ignorante
Chupim (chopim): parasita. Marido de professora
Coco: armadilha para peixe
Colher-torta: intrometido, não chamado à conversa. "Não bota a cuié torta, muié" (Cornélio Pires)
Dependura (estar na...): sem dinheiro, pronto
Diacho: diabo, amolação. Que diacho!
Direito (dereito): sério, correto; moça direita
Direitura: indicativo de rumo, direção
Empinar: corcovear o cavalo; levantar, erguer no