Produtora cultural
Dialeto Paulistano É fato conhecido que o dialeto paulistano adquiriu características dos idiomas de imigrantes europeus, que começaram a chegar à cidade nas últimas décadas do século XIX, especialmente os italianos.
A fala dos imigrantes fundiu-se à dos locais (dando origem a subdialetos no dialeto próprio da cidade de São Paulo). Bairros como os da Mooca e Bixiga, tradicionais por terem recebido muitos imigrantes no passado, preservam até hoje muito do sotaque típico de São Paulo.
Por esses e vários outros fatores, paulistas e paulistanos são conhecidos por "falar cantando" e/ou gesticular muito enquanto fala.
Fonéticas
Palatalização de /di/ e /ti/, como na maior parte dos dialetos do português falados no Sudeste, a exemplo dos dialetos carioca,fluminense, mineiro e algumas variantes dodialeto caipira: "tio" ['tʃiu] e "dia" ['dʒiɐ].
Nesse dialeto as fricativas /s/ e /z/ nunca são palatalizadas, ocorrendo até mesmo em caso de virem na frente de consoantes alveolares e dentais (/d/ e /t/), à semelhança do que ocorre com os dialetos mineiro, caipira, sertanejo, brasiliense e sulista: "isto" ['istu] e "desde" ['dezdʒi].
É frequente o uso do "r" surdo (/ɾ/) assim como ocorre nos dialetos sertanejo e sulista, ao contrário do que ocorre nos dialetos carioca, nortista e nos chamados Dialetos do Nordeste brasileiro, especialmente ocearense e o baiano, o que proporciona a um falante da língua portuguesa de outras regiões perceber um paulista falar como se estivesse "emendando uma ou sílaba ou até uma palavra na outra": "brincar" [bɾĩ'kaɾ] e "carta" ['kaɾtɐ].
Morfossintáticas
Um exemplo evidente da influência do idioma italiano em São Paulo, é a falta da letra "s" em grande partes dos plurais. No idioma italiano, o plural das palavras não é acrescido com "s", mas sim com a alteração da última vogal. Isso explica porque paulistanos costumam pluralizar omitindo a letra "s".
Dialeto Caipira
O dialeto caipira dentro do estado de São Paulo pode