determinação de peróxido em leite in natura

Considerando um alimento de largo consumo, o leite, quando produzido sem os devidos preceitos de higiene e conservaçäo torna-se um produto de qualidade inferior. No Nordeste as condiçöes climáticas e a falta de uma infra-estrutura adequada para sua obtençäo, transforma-o em produto de qualidade comprometida e passível de questionamentos. Para avaliar a qualidade higiênico-sanitária do leite pasteurizado tipo C comercializado no Recife, foram analisadas duzentos e cinqüenta amostras de cinco diferentes marcas. Analisou-se quanto ao aspecto microbiológico (coliformes totais, fecais, pesquisa de Salmonella e contagem de bactérias mesófilas) e físico-químicas (prova de peroxidase e peróxido de hidrogênio) de acordo com metodologia do ICMF (1982) e da A.O.A.C. (1990), respectivamente. Apesar de nenhuma amostra ter confirmado Salmonella os resultados das demais análises microbiológicas demonstraram elevados percentuais de amostras fora dos padröes da legislaçäo brasileira vigente: coliformes totais (32,8 por cento), coliformes fecais (24,0 por cento), microrganismos mesófilos (12,4 por cento), evidenciaram também amostras com contagens 1.000.000 UFC/ml, indicativo de deteriorizaçäo. Por sua vez 62,1 por cento de amostras do leite mostraram-se superaquecidas e 7,2 por cento evidenciaram presença de peróxido de hidrogênio, caracterizando adulteraçäo. Pela análise global 20,4 por cento das amostras do leite estavam en condiçöes de consumo. Os resultados evidenciam que o processamento técnico e a comercializaçäo do leite implicaçöes pasteurizado necessitam de maior atençäo das autoridades competentes, face às, em termos de saúde pública, decorrentes do consumo de um produto em desacordo com a legislaçäo

Leite in natura 14/abr/2011 . 11:03 | Autor: Roberto Rabat Chame | Nenhum comentário »
O consumo de leite in natura também conhecido como “leite cru” pode causar graves danos a saúde.
Um produto que não passa por inspeções de qualidade, análises, ou tratamento