Desoneração da Folha de pagamento
Já estava mais que na hora do Brasil tomar uma atitude eficaz em relação aos seus altos custos na folha de pagamento, considerando que hoje esse custo se aproxima de 100% do salário do empregado. Mas a desoneração da folha não tem seu foco somente na redução dos custos do trabalhador, ela vem também com o intuito de aumentar a competitividade de alguns setores da economia, principalmente aqueles que geram mais empregos.
Com isso, o empresário terá um incentivo maior para produzir, visto que houve uma redução do INSS da folha por um percentual de 1% ou 2% sobre a receita bruta dependendo do setor.
A desoneração gera, ou pelo menos deveria gerar um efeito em cadeia, pois a partir do momento que o empresário tem menos custos com o funcionário, acaba aumentando seu lucro. Além disso, conta com a vantagem de ter margem para reduzir o valor do produto final pelo fato dos custos de produção que estão ligados a folha de pagamento também reduzirem.
Com isso, o empresário poderá contratar mais mão de obra com custo reduzido produzir mais e diminuir a contribuição de impostos para o governo.
De acordo com dados do Jornal Folha de São Paulo (02/06/13), o jornalista Paulo Muzzolon, afirma que a desoneração da folha vai retirar por volta de R$19,3 bilhões da previdência em 2014, de acordo com a Lei orçamentária para 2014, ou seja, as empresas deixarão de pagar uma enorme fatia para o governo.
Outro ponto desejado pelo governo seria a redução da rotatividade dos trabalhadores nas empresas, e que na contramão desse índice de desemprego e demissões, houvesse um aumento de contratações. E foi exatamente isso que ocorreu.
De acordo com dados do governo, essa desoneração permitiu uma queda na taxa de demissões de três setores contemplados, de 15% ao ano, em média, para o período entre janeiro de 2007 e dezembro de 2011, para uma taxa negativa de 3% em média, entre janeiro de 2012 e julho de 2013, reflexo da desoneração da folha.
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