Desigualdade da mulher
Estudo feito pelo IBGE entre 2003 e 2008 apresenta as mudanças mais significativas durante os últimos cinco anos e mostram dados nada animadores sobre a situação das brasileiras no trabalho e na sociedade. Mesmo sendo maioria na população total e ocupando 53,5% da população economicamente ativa do país, uma trabalhadora com salário médio recebe 71,3% do rendimento do homem. Mesmo as que possuem nível superior ainda estão em situação desfavorável, com 60% do rendimento dos homens. A discrepância salarial entre os gêneros continua elevada mesmo quando elas possuem um grau de escolaridade maior. Em relação à forma de inserção no mercado de trabalho, apenas 40% das mulheres trabalham com carteira assinada, enquanto esta proporção ficou em 50% para os homens. Elas também ocupam o topo num ranking desanimador, o desemprego, 1 milhão de mulheres estão sem trabalho para 779 mil homens nessa situação.
RIO - Dados da pesquisa “Estatísticas de Gênero”, mostram que cresceu a desigualdade entre homens e mulheres no mercado formal de trabalho, embora tenha aumentado a proporção de pessoas do sexo feminino em idade economicamente ativa trabalhando ou buscando emprego — a chamada taxa de atividade. O estudo, elaborado com base em dados do Censo 2010, conclui ainda que as diferenças salariais entre elas e eles ainda é grande, já que as mulheres recebem cerca de 70% do rendimento médio dos homens. Além disso, subiu o número de pessoas de sexo feminino que trabalham por conta própria. Outra estatística do estudo chama atenção: um terço das mulheres de 16 anos ou mais não apresentam qualquer rendimento.
A pesquisa aponta que vem diminuindo o abismo entre a participação de homens e mulheres no mercado. Ainda que a taxa de atividade dos homens seja superior à das mulheres, essa diferença caiu de quase 30 pontos percentuais em 2000 para pouco mais de 21 em 2010, o que se deve não apenas ao maior crescimento desta taxa entre as mulheres, mas