Descartes e a Subjetividade
"Pai da Filosofia moderna", René Descartes tem merecido toda a admiração que um pai costumeira recebe. A dualidade mente-corpo, pela qual ele tão habitualmente nos deu sentido, parece agora menos um paradigma que uma prisão. E, apesar disso, parece impossível não pensar com ela. Para bem ou mal, Descartes deve permanecer como nosso ponto de partida na tentativa de entendermos a nós mesmos e nossa relação com o mundo.
A partir da Dúvida metódica e da primeira certeza, o cogito, como o Eu universal e filosófico, tentarei neste trabalho expor a subjetividade no método em Descartes.
"Pai da Filosofia moderna", René Descartes tem merecido toda a admiração que um pai costumeira recebe. A dualidade mente-corpo, pela qual ele tão habitualmente nos deu sentido, parece agora menos um paradigma que uma prisão. E, apesar disso, parece impossível não pensar com ela. Para bem ou mal, Descartes deve permanecer como nosso ponto de partida na tentativa de entendermos a nós mesmos e nossa relação com o mundo.
A partir da Dúvida metódica e da primeira certeza, o cogito, como o Eu universal e filosófico, tentarei neste trabalho expor a subjetividade no método em Descartes.
O cientista. O nome René Descartes é sinônimo do nascimento da idade moderna. Os novos filósofos, o nome pelo qual ele e seus seguidores eram chamados no século XVII, inauguram um deslocamento fundamental no "pensamento científico". Descartes insiste que toda a explicação científica, precisa ser expressa em termos de quantidades precisas e matematicamente definidas.
A nossa imagem do mundo é distante do puramente quantitativo: envolve além do tamanho, figura e movimento uma série de outras qualidades diferentes, que ficamos cientes através de nossos sentidos. A filosofia escolástica que dominou por muito tempo as universidades européias, tendeu a explicar o mundo natural justamente em termos de