Subjetividade moderna
Prof: Angela Couto
Turma: 1MA
Subjetividade Moderna
Antes de Descartes (1596-1650), de Locke (1632-1704), vários foram os momentos em que aquilo que compreendemos atualmente por ‘consciência’ (enquanto fundamento de nossa identidade) pareceu querer ganhar corpo. Certamente, uma das bases deste impulso encontra-se neste estranho desejo de tomar a palavra para simplesmente ‘falar de si’. Este falar de si não pode ser compreendido apenas como o ato de organizar a vida a partir de uma narrativa coerente, ato desesperado de produção de sentido a partir da contingência dos acontecimentos. Na verdade, ele é um modo renovado de descrição do mundo. Modo de descrição através de perspectivas.
A subjetividade moderna é entendida como o espaço íntimo do indivíduo, ou seja, como ele 'instala' a sua opinião ao que é dito (mundo interno) com o qual ele se relaciona com o mundo social (mundo externo), resultando tanto em marcas singulares na formação do indivíduo quanto na construção de crenças e valores compartilhados na dimensão cultural que vão constituir a experiência histórica e coletiva dos grupos e populações. A subjetividade é o mundo interno de todo e qualquer ser humano. Este mundo interno é composto por emoções, sentimentos e pensamentos. Na teoria do conhecimento, a subjetividade é o conjunto de ideias, significados e emoções que, por serem baseados no ponto de vista do sujeito, são influenciados por seus interesses e desejos particulares. Tem como oposto a objetividade, que se baseia em um ponto de vista intersubjetivo, isto é, que pode ser verificável por diferentes sujeitos. A filosofia de Descartes após a virada epistemológica vai em direção ao sujeito e passa a estabelecer modelos de subjetividade. Ao analisar esses modelos é possível oferecer melhores configurações de sujeito possibilitando uma compreensão de como o conhecimento ocorre no sujeito e como ele pode ser verdadeiro ou falso. Para o filósofo, o