Subjetividade Moderna e o Campo da Psicanálise
Autor: Benilton Bezerra Jr. Resenha Quando se fala em Freud, por menor que seja o conhecimento acerca de quem ele é, ou do que ele deixou pra sociedade, as pessoas já se dão que estão falando em alguém importante, tamanha significação ter este nome. Como o próprio texto aborda, cinquenta anos após sua morte, a psicanálise, criada por ela, continua em expansão cada vez mais. Mas de acordo com o texto, Freud via sua criação como algo subversivo, produtora de inquietação, sua tarefa consistia sempre em remover as barreiras da resistência de modo a que a verdade incômoda, desconfortável, pudesse vir à luz. Para ele, a psicanálise, assim como a filosofia para Nietzsche, deveria funcionar a marteladas, destruindo as ilusões que ancoram confortavelmente o homem à alienação de si mesmo. Tal desenvolvimento é tão grande, que, por a psicanálise expandir tanto ela floresceu em vários países, ela não é a mesma em Paris, Nova York, Rio, Londres. E essa diversidade, que diz respeito ao modo pelo qual a psicanálise foi introduzida, às condições históricas e culturais em que ela se desenvolveu se reflete no papel que ela representa em cada uma destas formações sociais, na sua maior ou menor penetração no mundo da cultura e no universo das significações compartilhadas na vida cotidiana. Situar o lugar da psicanálise no terreno histórico-cultural em que ela emerge é um exercício importante, que exige um mapeamento das condições em que ela surge e das peculiaridades que ela reivindica. Em outras palavras, significa procurar entender em que medida a psicanálise está implicada no seu tempo, e em que medida ela significa ruptura, descontinuidade, inovação. Segundo o que revela o texto, estamos habituados a afirmar nossa própria singularidade, a entender nossa disciplina como a superação da concepção psicológica e consciencialista do ser humano. O inconsciente freudiano, pedra angular do edifício psicanalítico, é