René descartes e a sua relação com a subjetividade
Curitiba,
2013
René Descartes e sua relação com a subjetividade.
No Discurso sobre o Método, tratado matemático e filosófico escrito por René Descartes, publicado na França em 1637, o filósofo francês buscou, inicialmente, combater a justificativa católica da Escolástica (grupo de disciplinas que predominou na Europa da Idade Média entre os Séculos IX e XVI). O objetivo de Descartes em separar a ciência daquela época da religião acabou colocando à margem as ciências sociais em relação às exatas. A Sua teoria propôs “iluminar” as mentes obscuras da época, o que deu início a uma corrente de pensamento denominada Iluminismo. O período marcou o fim da Idade Média e o começo da Moderna. Muitos historiadores fizeram um certo juízo de valor da Idade Média, pelo fato de ela ter sido um período “negro” da história da humanidade. Dessa forma, chegaram à conclusão que o mundo foi marcado por três grandes períodos, dos quais, apenas duas épocas presenciaram acontecimentos de progresso e evolução da raça humana no plano intelectual e cultural: a época dos gregos e a das invenções modernas. Assim, a Idade Média foi compreendida como um período de atraso intelectual, científico e cultural. Um momento da história em que o domínio da fé obscureceu as “luzes” da razão e emperrou o progresso. Então Descartes marcou o começo de uma nova era na história ao oferecer outra explicação para o castigo divino promovido pela Igreja Católica e de quebra combateu a intensa conversa daquele período. Mas seu Discurso se tornou uma via de mão única nas mãos dos cientistas modernos, que o direcionaram exclusivamente para a validação das suas metodologias. Tal propósito serviu para que cientistas da Física, Matemática e da Biologia promovessem as ciências matemáticas e naturais à categoria de única ciência verificadora de tudo. A apropriação do discurso de Descartes em