deleuze
Maio de 2011
Rio de Janeiro - RJ - Brasil
A DOBRA DO ARQUITETO, CONTEXTUALIZAÇÃO DO CONCEITO DE DOBRA DE GILLES
DELEUZE NA ARQUITETURA E URBANISMO, E DESDOBRAMENTOS EM/DE LINA BO BARDI
Lutero Proscholdt Almeida (UFBA) - luproal@yahoo.com.br
Arquiteto Urbanista pela UFES, e Mestrando pela UFBA (Universidade Federal da Bahia)
A Dobra do Arquiteto
Contextualização do Conceito de Dobra de Gilles Deleuze na Arquitetura e
Urbanismo, e Desdobramentos em/de Lina Bo Bardi
Resumo
Com a aceitação de um espaço urbano caótico e labiríntico, evoca-se a dobra de Gilles
Deleuze como ferramenta de apreensão da cidade contemporânea, remetendo-a a uma questão de limites, pois assim como a dobra, tais espaços que foram minuciosamente projetados, nunca apreciarão o ambiente como um todo. Texturas, sons, cheiros, podem ser manipulados e considerados, mas o espaço em ação, nunca cristalizará estes adereços, sempre estarão em mutação. E os corpos que se movimentam nesse espaço, modificam, e atualizam a urbe a todo movimento. No contexto do usuário, não se entra, e não se sai, ou o contrário, entra e sai a todo o momento, sempre relativizando o ponto de vista e os limites espaciais, que nunca serão os mesmos para cada transeunte, incompatibilizando com o modelo Brunelleschiano de projetar. Resta-nos ao menos trabalhar com esses limites, e para isso, recorre-se a “dobra” como ferramenta de reflexão. A dobra nos faz refletir em um mundo que se dá por evidente, ela mostra sua complexa estrutura ao tirar do finito, o infinito. A grande questão que podemos nos ater hoje, como arquitetos, é como nos desdobrar? Como nos atar das dobras e redobras, as quais somos submetidos cotidianamente.
Ildefonso Cerdà foi o primeiro a colocar o termo “urbanização” em prática, com a obra “A
Teoria Geral da Urbanização”, em que diferencia o termo urbe, para denominação dos assentamentos urbanos, e urbanização para designar a ação do