Debêntures
Danielle Gurgel da Fonseca¹
Danielli Orlandi Coan
Evelyn Folli Costa
Marina Marinato Moser
Merielli Campi Partelli
Thamiris Monteiro Moreno
RESUMO
Trata-se de um estudo exploratório descritivo, realizado com o objetivo de identificar de que forma os relacionamentos homoafetivos começam e se desenvolvem. Para a coleta de dados, foram empregados questionários estruturados, abertos e autoaplicáveis, a 16 homossexuais do sexo masculino, com faixa etária entre 18 e 31 anos, que estão ou já estiveram em um relacionamento homoafetivo. Os entrevistados refutaram o estigma social de que as relações homoafetivas seriam marcadas pela promiscuidade e pela variabilidade de parceiros. Os resultados da pesquisa apontam uma desconstrução de certos estereótipos que afrontam os homossexuais, ressaltando sua luta contra o preconceito.
Palavras-chave: Homossexual; Relacionamento; Homoafetividade.
INTRODUÇÃO
“A homossexualidade é tão legítima e inevitável quanto a heterossexualidade.”
Drauzio Varella
Atualmente, é possível e relativamente fácil encontrar descrições de civilizações anteriores à nossa, nas quais há certa referência à existência de mulheres e homens homossexuais. Laraia (1932) mostra em seu livro “Cultura: um conselho antropológico”, que entre algumas tribos das planícies norte-americanas, o homossexual era visto como um ser dotado de propriedades mágicas, capaz de servir de mediador entre o mundo social e o sobrenatural, e, portanto, era respeitado. Na região de al-Andalus, atualmente conhecida como Península Ibérica, na época que foi governada por muçulmanos, haviam alguns não cristãos que praticavam a sodomia abertamente, tendo relacionamentos estáveis e intercurso sexual com parceiros do mesmo sexo. Poucos ainda formavam haréns masculinos. Ainda assim, eles mantinham o status na elite intelectual e política da época. (Hispanic Seminary of Medieval Studies, 1988). Goethe, no século XVIII,