Cybercultura
Pierre Lévy. Editora 34, 1999. * por Mônica Macedo * Um novo iluminismo
Pierre Lévy é um otimista, como ele mesmo faz questão de dizer, com todas as letras, logo no início de Cibercultura: "me consideram geralmente um otimista; têm razão“. * Iluminismo
Este movimento surgiu na França do século XVII e defendia o domínio da razão sobre a visão teocêntrica que dominava a Europa desde a Idade Média. Segundo os filósofos iluministas, esta forma de pensamento tinha o propósito de iluminar as trevas em que se encontrava a sociedade. * Os ideais iluministas
Os pensadores que defendiam estes ideais acreditavam que o pensamento racional deveria ser levado adiante substituindo as crenças religiosas e o misticismo, que, segundo eles, bloqueavam a evolução do homem. O homem deveria ser o centro e passar a buscar respostas para as questões que, até então, eram justificadas somente pela fé.
Para os filósofos iluministas, o homem era naturalmente bom, porém, era corrompido pela sociedade com o passar do tempo.
Eles acreditavam que se todos fizessem parte de uma sociedade justa, com direitos iguais a todos, a felicidade comum seria alcançada.
Por esta razão, eles eram contra as imposições de caráter religioso, contra as práticas mercantilistas, contrários ao absolutismo do rei, além dos privilégios dados a nobreza e ao clero. * Cibercultura?
“Não é a cultura dos fanáticos da Internet, é uma transformação profunda da noção mesma de cultura
A “universalidade sem totalidade”, algo novo se comparado aos tempos da oralidade primária e da escrita.
É universal porque promove a interconexão generalizada, mas comporta a diversidade de sentidos, dissolvendo a totalidade.
Em outras palavras: a interconexão mundial de computadores forma a grande rede, mas cada nó dela é fonte de heterogeneidade e diversidade de assuntos, abordagens e discussões, em permanente renovação.
Por vezes beirando as raias da ingenuidade - como quando