comunicação
Está emergindo uma nova arquitetura urbana, uma nova polis que se organiza e se utiliza das ferramentas das tecnologias, ao mesmo tempo em que intervém sobre estas. Nesse sentido, o grande inimigo que se coloca é o isolamento, o não fazer parte dessa inteligência coletiva que se constrói na interação e na colaboração.
Lèvy afirma que:
“a cybercultura pode ser considerada como herdeira legítima (embora distante) do projeto progressista dos filósofos do século XVIII. Com efeito, ela valoriza a participação em comunidades de debate e argumentação. Na linha direta das morais da igualdade, ela incentiva uma maneira de reciprocidade essencial nas relações humanas. Desenvolveu-se a partir de uma prática assídua dos intercâmbios de informações e conhecimentos, que os filósofos das luzes consideravam como o principal motor do progresso. E, se alguma vez tivéssemos sido modernos (1), a cybercultura não seria pós-moderna, mas estaria realmente na continuidade dos ideais revolucionários e republicanos de liberdade, igualdade e fraternidade. Só que, na cybercultura, tais "valores" encarnam-se em dispositivos técnicos concretos.
Na era da mídia eletrônica, a igualdade se realiza em possibilidade para cada um emitir para todos; a liberdade se objetiva em softwares de codificação e em acesso transfronteiriço para múltiplas comunidades virtuais; a fraternidade, quanto a ela, se converte em interconexão