Fisiopatologia avc
O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é um evento caracterizado por súbito comprometimento cerebral provocado por uma variedade de alterações histopatológicas envolvendo um ou vários vasos sanguíneos intra ou extracranianos, podendo ser classificado na forma da sua apresentação como: hemorrágico ou isquémico. O AVC hemorrágico consiste em hemorragias intracranianas sendo classificado como difuso ou focal e AVC isquémico resulta da insuficiência de irrigação sanguínea do encéfalo e é diagnosticado quando ocorre um déficit neurológico com mais de 24 horas de duração. Existem dois principais mecanismos fisiopatológicos que acarretam o AVC isquémico: Oclusão de um ou mais vasos cerebrais ou pela perfusão tecidual do encéfalo, exemplificando respectivamente, trombo ou êmbolo que se desloca ou é formado no lúmen dos vasos cerebrais, e, complicações sistémicas que cursam com baixas pressões de perfusão sistémica, prejudicando o metabolismo celular do Sistema Nervoso Central (SNC). Estes dois mecanismos citados determinam morte celular e posterior processo inflamatório na área encefálica acometida, o que nos apresenta uma perda de neurónios responsáveis por actividades exercidas pela área anatómica comprometida. Para o diagnóstico do AVC isquémico ou hemorrágico, é necessário iniciar com uma avaliação minuciosa dos factores de risco de doenças cardiovasculares, exame físico e exames complementares através da imagiologia cerebral por Tomografia Computadorizada (TC) e/ou Ressonância Magnética (RM) (BENNETT et al, 1997; O’SULLIVAN & SCHMITZ, 2004). De acordo com Roach (2003), os factores de risco que levam ao AVC são a hipertensão arterial sistémica, arritmias cardíacas, história pregressa de ataque isquémico transitório (AIT), AVC prévio e aterosclerose. Smeltzer & Bare (2002) acrescentam as doenças cardiovasculares, dislipidemias, a obesidade, o diabetes mellitus, o uso de contraceptivos orais, o alcoolismo e o tabagismo, sendo