Coping
Lutar, competir com sucesso ou em igualdade de condições: esta é a tradução literal do verbo inglês “to cope”, cujo significado também pode ser descrito como a ação de “lidar adequadamente com uma situação”, superando as dificuldades ou limites que essa situação apresenta.
Em Psicologia, mais precisamente na Psiconeuroimunologia – campo científico ineterdisciplinar que estuda o ser humano como unidade indissolúvel de corpo e mente –, o coping é pesquisado, sobretudo, na relação com o estresse, sendo definido como “tentativa ou empenho para lidar com exigências externas (do ambiente) ou internas (do próprio sujeito) percebidas como sobrecarregando ou excedendo os recursos da pessoa.”(Folkman e Lazarus)
Acontecimentos estressantes acontecem o tempo todo em nossas vidas: são pequenas contrariedades cotidianas, como a longa fila no banco, o fluxo de transito interrompido perto de casa, a nota baixa do filho na escola etc. Também estressantes são acontecimentos positivos, como o encontro, na noite de carnaval, de um parceiro amoroso, a notícia da aprovação de seu filho no vestibular, uma relação sexual de entrega intensa e ardente, um elogio inesperado do companheiro de trabalho.
Esses eventos estressantes suscitam um coping. Não há uma maneira padrão e coletiva de “cope”. Os estudos apontam duas categorias de estratégias de coping básicas: as voltadas para a resolução do problema e as orientadas para a regulação da emoção.
Os moradores de um edifício que desabou – ou uma coletividade atacada por armas militares ou assaltantes – vivem um estresse traumático. Nele se inscrevem as três características básicas do nível mais grave de acontecimento estressante: é incontrolável, imprevisível e ambíguo. As estratégias decoping para lidar com esse estresse traumático variam de indivíduo para indivíduo, mas é possível identificar os padrões mencionados. Assim, por exemplo, uma mulher diz que não lhe é suficiente chorar a perda de seus bens, ela precisa colocar