Contos de fadas
MACHADO, Ana Maria. Contos de fadas. Traduçao: Maria Luiza X. de A. Borges. Rio de Janeiro: Zahar, 2010. p. 284
Assunto: Um livro de reúne todas as mais populares historias infantis de Grimm, Perrault e Andersen em suas versões originais, sem adaptações.
Fichamento de transcrição
“Esses contos tradicionais e populares constituem um tipo de narrativa com características muito especificas. No entanto, há certas qualidades que cercam os contos de fadas que os distinguem de outros gêneros literários. Por exemplo, sua universalidade e sua vizinhança com a infância. Equivale também a uma filiação ao maravilhoso, em que tudo é possível acontecer (p.9)
“No inicio da década de 70, era moda falar mal deles. A quase totalidade das edições que havia no mercado constava de versões resumidissimas e adulteradas, totalmente pausteurizadas (e, portanto sem sentido), e tão expurgadas de seus elementos essenciais. O gênero era acusado dos mais diversos males: elitismo, sexismo, violência, moralismo, maniqueísmo”. (p.11)
“Na área da filosofia e antropologia, por exemplo, alguns estudiosos ressaltavam os parentescos entre os contos a as sagas, mitos e ritos das sociedades primitivas, analisando seus enredos iniciatórios. Os lingüistas e folcloristas, por sua vez, seguindo o russo Vladimir Propp, debruçaram-se sobre a forma de estruturar esses relatos, examinando um repertótio basico comum a todos os contos populares. E a psicanálise deu uma enorme contribuição a esse debate. De inicio, por meio de Jung e seus seguidores, trazendo o conceito do arquétipo como estrutura do inconsciente coletico. Todas essas contribuições ajudavam a considerar os chamados contos de fadas com um olhar de respeito. Não só faziam parte dos primórdios da humanidade, mas neles e em gêneros correlatos germinava o embrião de toda a arte literaria que a humanidade veio a desenvolver” (p.11 e 12)
“ O historiador Jose Murilo de Carvalho, em Historias que Cecilia