Contos de fadas

OFICINA DE CONTOS DE FADAS

Coordenação e execução: Michelli Mostafá Rodrigues Psicóloga – CRP: 06/93052

INTRODUÇÃO

Na realidade objetiva, ao longo de nossas vidas, faz-se presente o “Era uma vez”, tão versado no início de cada conto de fada. Todos nós vivenciamos quase que cotidianamente, coisas novas e estupendas, desde a infância, quando inúmeras aquisições são alcançadas, passando pela adolescência, fase adulta e meia idade. É pouco provável que algum de nós tenha a capacidade de reviver a emoção que invadia nossa alma ao dar os primeiros passos, entretanto, é comum que recordemos acerca da maravilhosa sensação que nos abafava o peito no momento em que começávamos a ler, a escrever, a andar de bicicleta, ou amarrar os calçados pela primeira vez. A realização de cada uma dessas tarefas não deixa de ser algo fantástico, ainda que depois de algum tempo passe a ser vista com naturalidade. Assim, no decorrer da vida nos deparamos com diversos acontecimentos que, como na infância, nos são novos e inimagináveis. Na puberdade, por exemplo, experimentamos o desabrochar da sexualidade, a inelutável necessidade de ter um parceiro. Da mesma maneira, na meia idade somos obrigados a encarar a problemática da morte, da transição para o outro mundo, do qual não sabemos nada a respeito. Partindo deste pressuposto, Dieckmann (1986), faz uma analogia entre os contos de fada e a vida real, e assegura que sempre que conhecemos ou conquistamos algo novo somos como o herói de um conto, transcendendo do mundo cotidiano para o mundo encantado. Os monstros e bruxas são, então, a personificação de nossos temores e incapacidades diante da situação vivida, ao passo que as fadas são nossas habilidades ignoradas. Desta forma, podemos perceber que o que vivenciamos na realidade objetiva nos é apresentado, em outro plano, por meio da fantasia. Bonaventure, em consentimento com esta idéia, afirma que “tanto os contos, como toda