contexto historico da loucura
Atualmente o sujeito com transtorno mental é considerado um indivíduo biopsicossocial, mas essa compreensão nem sempre foi dessa maneira, para se chegar ao conceito que se tem hoje muitos desdobramentos foram realizados e naquele tempo quem tinha o rótulo de louco costumava ser foi quem mais sofreu em função de um tratamento desumano a si dirigido (MILLANI; VALENTE, 2008).
A loucura propriamente dita surge posterior à lepra que ocorre no século onde ocorreram grande epidemias infecta contagiosa da lepra. Portanto a lepra deixa de ser epidemia e passa a ter pequenos casos isolados. Então alguns hospitais gerais são desocupados e passa a serem ocupados por loucos, prostitutas, libertinos, mendigos e todo tipo de pessoas que tinham alguma característica de anormalidade (MILLANI; VALENTE, 2008). Na obra de Machado de Assis “O Alienista” pode perceber isso claramente, pois era recolhida a Casa Verde os que não se enquadravam no padrão do alienista, se ele afirmava que era anormal dentro dos seus parâmetros então era preso na Casa Verde (ASSIS, 1882).
No século XV surgem as doenças venéreas onde o tratamento endereçado era uma confissão e ser chicoteado, ou seja, tratamento moral, porém apesar da exclusão ainda era uma categoria de doença com possibilidade de cura (FOCAULT, 1978).
No período da Inquisição Eclesiástica a loucura era associada à possessão demoníaca e que poderia ser associada à bruxaria praticada por seus adeptos. Pelo poder social que exercia a Igreja dessa maneira controlava a crença religiosa do sujeito, punindo quem fosse contrário ao segmento como é o exemplo da fogueira como castigo aos hereges e as bruxas (MILLANI; VALENTE, 2008).
No século XVII a igreja tem o seu poder abalado e os termos de feitiçaria e Inquisição desaparece, mas nesse lugar desprivilegiado surge o alienado, insano mental (TUKE, 1996 apud MILLANE; VALENTE, 2008). No período da Renascença os loucos eram comportados em navios, ou seja, eram entregues aos