Psicologo
“Não há nada que não esteja mergulhado na imediata contradição, nada que não incite o homem a aderir por vontade própria, a sua própria loucura, comparada com a verdade das essências e de Deus, toda a ordem humana é apenas uma loucura.”(FOUCAULT,Michel.1997, p.31)
A história da loucura em seu amplo e histórico sentido, surgiu em diferentes contextos (políticos, sociais, familiares) e ligada aos mais diversos fenômenos (espirituais, biológicos, sobrenaturais). Na Grécia Antiga, século XVI e XVII, o louco era visto como um profeta, ligado á coisa dos deuses e tendo uma ligação com o divino. A loucura profética, foi atribuída por Homero como uma sabedoria mística. Nesse contexto surge também a loucura ritual (dionística), como uma manifestação da loucura, com o princípio de que era preciso se liberar das forças instintivas e subterrâneas que vinham da natureza para evitar o enlouquecimento, dando assim origem aos carnavais.
No mesmo século ocorre o Advento do Cristianismo, que marca a civilização ocidental e a partir disso, surge à igreja como instituição , a qual detinha o saber e o poder, e os mosteiros (lugar onde se teve o armazenamento de tudo que se produziu sobre o saber). O louco nesse momento estava associado ao demoníaco (maligno) , fruto do pecado, “doente espiritual”. Tal “idade das trevas” como era conhecida também a Idade média, foi assim marcada pelo obscurantismo só podendo se pensar de acordo com preceitos religiosos, foi também desencadeadora de fenômenos como epidemias de feitiçaria e a confissão como tratamento e “ libertação” dos loucos. Tudo isso configura o pensamento mágico.
Durante o Renascimento, século XVIII, há um grande avanço tecnológico, formalização das leis e aumento da economia, onde o homem está no centro de tudo que se mostra através da arte. Há também um grande movimento de navegação, e a partir do sistema feudal , surgimento da Burguesia, vê se a necessidade dos Burgos serem cidades limpas. Criam-se