LOUCURA SEGUNDO A PSICOLOGIA
O conceito de Transtorno (CID-10, 1993) se refere à existência de um conjunto de sintomas ou comportamentos clinicamente reconhecível associado, na maioria dos casos, a sofrimento e interferência com funções pessoais. Desvio ou conflito social sozinho, sem disfunção pessoal, não é incluído nesta definição de Transtorno Mental.
Os loucos, ou melhor, os doentes mentais continuam causando medo, hostilidade, suspeita, temor. Ainda são marginalizados e considerados como diferentes dos outros doentes, são vistos como incuráveis. A mudança nominal não implicou na mudança ideológica. Quem recebe o diagnóstico de louco não consegue retornar a sociedade e viver como qualquer outro indivíduo. O louco quando saí de uma ou de várias internações não continua tendo os mesmos direitos dos outros. Ele não é visto como um cidadão com direitos e deveres. Ele não pode responder por suas atitudes frente a um juiz e principalmente frente à sociedade (Assali, 1994).
De acordo com a definição de Ferreira (1999), a palavra loucura significa: 1) estado ou condição de louco, insanidade mental. 2) um ato próprio de louco. 3) falta de discernimento, irreflexão, absurdo, insensatez, doidice, louquice. 4) imprudência, temeridade. 5) tudo que foge às normas, que é fora do comum, grande extravagância, louquice. 6) pessoa, animal ou coisa a que se devota grande amor ou entusiasmo. Como foi dito, a concepção de loucura varia de acordo com o contexto histórico. Quando falamos em loucura, percebe-se claramente que não há uma definição clara sobre o que é ser louco. João Frayze-Pereira, em seu livro “O que é loucura?”, traz dados de uma pesquisa que fez com seus alunos de psicologia sobre o que é a loucura. A loucura é vista de diversas formas: como perda da consciência-de-si-no-mundo, como uma doença, como um distúrbio orgânico ou desequilíbrio emocional que levam a um desvio de comportamento, como distúrbio emocional cuja origem é o desajustamento social do