Crítica do livro "História da loucura"
Toda a narrativa de Foucault começa com a disseminação da lepra através das Cruzadas. Estas iam até o Oriente, principal foco de contaminação da enfermidade, e de lá traziam a doença, que começou a se espalhar rapidamente por toda a Europa, atingindo muitas pessoas. Inúmeros estabelecimentos precisaram ser construídos para abrigar tanta gente. Após o fim da lepra, a estrutura onde o leproso era mantido era um local de exclusão, onde outros excluídos seriam encaminhados e esperariam salvação, pois a Igreja afirmava que embora os leprosos estivessem afastados das pessoas, eles não estariam afastados de Deus, e teriam que ter paciência para seu lugar no céu ser garantido. As pessoas que possuíam lepra, doenças venéreas e loucura, eram excluídas da sociedade, e necessitavam com urgência desaparecer da visibilidade das pessoas, carregando a marca de discriminação e exclusão.Na renascença, as pessoas loucas eram colocadas em barcos e navios e carregadas para cidades longes em busca da razão.
O personagem do leproso é como um ser que já carrega consigo um estereótipo, com inúmeras atitudes já predeterminadas pela população, por isso excluído desta. Há realmente uma contradição a respeito do tratamento dos leprosos pela Igreja e pela população