Confrontos em Sala de Aula

UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE – UNESC
CURSO DE ARTES VISUAIS (LICENCIATURA)

ROBERTA GERLING MORO

“CONFRONTOS NA SALA DE AULA: UMA LEITURA INSTITUCIONAL DA RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO”
JÚLIO GROPPA AQUINO

CRICIÚMA, 2013.

ROBERTA GERLING MORO

“CONFRONTOS NA SALA DE AULA: UMA LEITURA INSTITUCIONAL DA RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO”
JÚLIO GROPPA AQUINO

Fichamento apresentado para complementação de crédito da disciplina de Psicologia da Aprendizagem do curso de Artes Visuais na Universidade do Extremo Sul Catarinense, solicitado pela professora Elenice de Freitas Sais.

CRICIÚMA, 2013

Em seu livro, Aquino afirma ser a relação professor-aluno o pilar de uma instituição. Essa relação sempre teve grande soberania sobre as outras. “No cruzamento de relações distintas mas interdependentes a relação professor-aluno parece-nos um núcleo potencialmente aglutinador [...]” (p.15). Conforme o autor, “a prática institucional seria resultante do confronto” entre essas diversas relações e posições ocupadas dentro de uma instituição (p.18). Dentro de uma sala de aula, professores e alunos se encontram, assim defrontando-se, comunicando-se, numa influência mútua. Mesmo sendo guiados pelo conteúdo, tempo, normas, estão sempre em interação. Independentemente dos fatores de conduta, “[...] a figura do professor é invariavelmente aquela que imprime força e sentido à relação” (p.25). O professor seria o responsável pelo caminho desta relação. Na pedagogia encontra-se o conceito de que o professor é aquele que ensina, dominante de um conhecimento específico, sendo capaz de transmitir este conhecimento. Bohoslavsky (1981) explicita ser o aluno um sujeito submisso, frágil. O professor é o determinante de suas ações e decisões. É protetor, de modo a evitar que o aluno cometa erros, é ele que define a comunicação com o aluno. Entretanto, Ricoeur (1969) aponta que esta relação é um duelo, ocorre um confronto, o