resenha cinema e escola
FEDATTO, Carolina Padilha. MACHADO, Carolina de Paula. O muro, o pátio e o coral ou os sentidos no/do professor In: BOLOGNINI, Carmen Zink. Discurso e ensino: o cinema na escola. São Paulo: Mercado de letras, 2007, pág. 07-15.
No texto de Fedatto e Machado é elucidado sobre o “confronto de sentidos” a que estão sujeitos os alunos e professores no ambiente escolar. As autoras utilizam essa expressão como forma de questionar a realidade da educação, retratando “a escola como uma forma-histórica que institucionaliza a relação da sociedade com o conhecimento e suas formas de repetição”.
Tendo como base esse confronto de sentidos, é possível compreender o real sentido do discurso pedagógico que é produzido e quais as condições que possibilitam o surgimento desse discurso. Dentro dessa perspectiva discursiva, são destacados dois pontos principais que estabelecem as relações na instituição da escola: o autoritarismo no proceder didático e a possibilidade da autoria por parte do docente e do discente em sala de aula.
Essas duas vertentes do discurso pedagógico são bem retratadas nos filmes Pink Floyd – The Wall- que evidencia as relações de poder em sala de aula, seguindo a linha do autoritarismo, e Sociedade dos Poetas Mortos – que mostra uma certa liberdade na questão da autoria tanto do professor quanto do aluno.
No primeiro filme, a questão da repetição é algo bem marcante no processo de aprendizagem utilizado e é reforçada pelo autoritarismo excessivo empregado pelo professor. Sendo assim, o material didático era seguido rigorosamente e o ritmo de ensino - marcado pela repetição - era o mesmo para todos os indivíduos; o sujeito que agia de forma distinta em relação ao sistema de ensino era punido e ridicularizado pelos demais.
Além disso, o autoritarismo do professor em sala de aula é exposto de modo que “produz um efeito de comparação entre as instituições escola e família”. Fedatto e