conceitos de administraçao
Darrieux F C C. Scanavacca M I. Fibrilação atrial – novas drogas antiarrítmicas: dofetilida, ibutilida e azimilida. Reblampa 1999; 12(4):
12(4): 194-200
194-200.
Artigo Original
Fibrilação Atrial - Novas Drogas
Antiarrítmicas: Dofetilida, Ibutilida e Azimilida
Francisco C. C. DARRIEUX(1) Maurício I. SCANAVACCA(2)
Reblampa 78024-254
Darrieux F C C. Scanavacca M I. Fibrilação atrial – novas drogas antiarrítmicas: dofetilida, ibutilida e azimilida.
Reblampa 1999; 12(4): 194-200.
RESUMO: O sucesso parcial do tratamento não-farmacológico da fibrilação atrial (ablação por catéter, cirurgia e desfibrilador atrial implantável), o excesso de mortalidade relacionado aos antiarrítmicos da classe
I, assim como os efeitos colaterais indesejáveis das drogas tradicionais do grupo III (amiodarona e sotalol racêmico) tem motivado o desenvolvimento de novos fármacos antiarrítmicos. Recentemente, 3 novos agentes do grupo III (puros ou de 2ª geração), a dofetilida, a ibutilida e a azimilida foram aprovados para uso clínico e tem se mostrado promissores no tratamento da fibrilação e do flutter atriais, especialmente no que se refere à reversão do flutter atrial ao ritmo sinusal. Entretanto, este efeito antiarrítmico favorável, em parte, é contrabalançado pela incidência, não desprezível, de pró-arritmia, especialmente, torsades de pointes; tal fato se deve ao efeito bloqueador seletivo no componente rápido da corrente retificadora tardia do potássio, próprio dos antiarrítmicos de classe III puros, dofetilida e ibutilida. A azimilida, devido à sua ação bloqueadora não seletiva dos canais de potássio (componentes rápido e lento) apresenta menor potencial de pró-arritmia e desponta como o fármaco mais promissor no manuseio da fibrilação atrial. Estudos randomizados a longo prazo deverão fornecer maiores informações para o uso racional destas novas drogas.
DESCRITORES: fibrilação atrial, antiarrítmicos classe III puros, dofetilida, ibutilida,