Comportamento organizacional
O capítulo Reestruturação e Enxugamentos do texto Comportamento organizacional: uma perspectiva brasileira faz uma análise a respeito dos significados do emprego e de sua perda para os indivíduos, com base não somente na visão da literatura tradicional, que foca no externo e no objetivo, mas também sob uma perspectiva oposta a essa, com foco na experiência interior e subjetiva do indivíduo. (p. 37) A literatura sobre perda do emprego consiste em três aspectos, no primeiro, estabelece que esta pode causar conseqüências negativas de natureza emocional, psicológica, física, comportamental, familiar, econômica, profissional ou social, que são chamadas de grupo de efeitos (p. 38-39); no segundo aspecto, essa literatura sugere que a perda do emprego pode ser atenuada ou agravada de acordo com os chamados grupos de fatores moderadores do próprio indivíduo, sendo eles: pessoais, cognitivos, econômicos, sociais ou ambientais, profissionais, organizacionais ou da demissão, da transição ou da superação (p. 40-41); no terceiro aspecto, é proposto que as conseqüências do grupo de efeitos e do grupo de fatores moderadores ocorrem de acordo com o significado que o emprego possui para cada indivíduo, pois para alguns o emprego trata-se de uma dimensão central da vida, enquanto para outros não. (p. 40) Para entender como esse significado de perda age no interior dos indivíduos, os autores utilizaram metáforas, ou seja, comparações com experiências anteriores, e distinguiram as associações mais comuns que os indivíduos fazem a perda do emprego em dimensões psicológicas e dimensão psicossocial (p. 44) Nas dimensões psicológicas, foram analisadas metáforas relacionadas ao emprego como contrato, demissão como divórcio, emprego como família, demissão como abandono, emprego como identidade, demissão como vácuo, emprego como vício