Artigo sobre a mortalidade infatil no brasil
Há não muito tempo era difícil a tarefa de produzir estimativas de mortalidade, o que dificultava qualquer conclusão a respeito de suas tendências. Em função de vários novos procedimentos técnicos desenvolvidos e crescente disponibilidade de informações, como o registro civil, atualmente é mais fácil produzir essas estimativas.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e estatística (IBGE), essa taxa no início das pesquisas em 1930 era de 162,4% lembrando que esse valor já era o resultado de uma queda lenta, mas consistente de mortalidade que é decorrente de políticas sanitárias implantadas em alguns centros urbanos no início do século. Nos anos seguintes essa queda permanece lenta, porém contínua, em 1960 essa taxa cai para 124,0%.
Analisando os dados entre as regiões brasileiras, a diferença da mortalidade infantil entre o nordeste e o sul em 1930 era de 60% e em 1965 passa a 83%. Isso indica que as diferenças não eram muito grandes no passado, mas que foram aumentando ao longo do tempo a medida que se evolui.
Por causa de várias intervenções na área da política pública como na medicina preventiva, vacinações, aumento da cobertura de do pré-natal, melhora no saneamento básico, e também como redução de fecundidade, melhoria nas condições ambientais e aumento do grau de escolaridade das mães e da taxa de aleitamento materno, vemos que no período de 2000/2010 essa diferença foi de apenas 25,1%, mais acentuada na região nordeste, onde essa queda foi de 58%, e menor na região sul, 33,5%.
Mesmo com números otimistas, ainda há um longo caminho a se percorrer para atingir taxas de mortalidade infantis iguais ao de países desenvolvidos que chegam a 5 mortes de crianças com menos de 1 ano de idade para cada 1000 nascidos