comportamento organizacional
Entre os anos de 1920 e 1930, houve estudos e discussões sobre o universo organizacional, onde estava presente o “protoconceito” de cultura organizacional.
Mas a partir do final da década de 1970, que a corrente da cultura organizacional teve um desenvolvimento sem precedentes no campo da teoria das organizações. Nessa época foram apontadas duas abordagens:
1ª – Inspiração Funcionalista e Determinadora de uma Perspectiva Gerencialista.
Toda organização possui cultura;
Essa cultura explica muitos fenômenos dentro da organização;
Favorece ou dificulta a performance organizacional;
Pode ser diagnosticada;
A liderança é o processo que determina a formação e a mudança da cultura;
Lideres para criar e gerir e se necessário mudar a cultura.
2ª – A Cultura Organizacional não pode ser gerenciada.
Configuram uma operação ideológica que aprisionam a racionalidade instrumental;
Compreensão do papel exercido pela dimensão simbólica na construção da realidade organizacional.
O propósito do texto é fazer avançar o debate dobre cultura organizacional, apresentando as contribuições dessa perspectiva como uma possibilidade de superação dos limites deixados pela corrente funcionalista, até e então dominante nesse subcampo de estudos.
CLIVAGENS INTERPRETATIVAS E CONFLITOS CULTURAIS EM UMA JOINT-VENTURE
Os dados etnográficos referem-se a uma pesquisa de campo de 04 anos, empreendida pelo antropólogo Guilherme Ruben da Unicamp, em uma empresa binacional argentino-brasileira em 1999.
Dois grupos de executivos do setor metalúrgico, um brasileiro e um argentino, resolveram promover o estabelecimento de uma joint-venture. O grupo argentino ficou responsável por 51% da composição acionária, ao passo que o brasileiro deteve os 49% restantes. As diferenças culturais dos grupos eram internamente heterogêneas. Do lado argentino estavam um italiano e um descendente de judeus. Do lado