Coberturas de Feridas
Através das pesquisas bibliográficas observamos que desde os primórdios da civilização há registro da utilização de coberturas para o tratamento de feridas. Vários curativos são mencionados na literatura, entre ele: graxa, mel, carne fresca, lã de carneiro, folhas e cascas de árvores.
A partir do século 20, houve a introdução de cremes e pomadas contendo penicilina, sulfas e corticóides. Mais tarde houve a introdução dos anti-sépticos. Atualmente existe no mercado uma crescente diversidade de produtos na linha de tratamento de feridas, desde os mais modernos recursos até os mais simples. Para a implementação e o sucesso do tratamento, paciente e lesão devem ser continuamente reavaliados e os produtos corretamente utilizados, para que assim se possa atender às necessidades das diversas etapas do processo de cicatrização.
Os objetivos do curativo são a proteção da ferida, prevenção de infecção em caso de fechamento por segunda intenção ou uso de dreno e facilitação do processo de cicatrização. A escolha do curativo irá depender do tipo de procedimento, tamanho da ferida, presença de drenagem ou sinais de infecção do sítio cirúrgico.
Este trabalho tem como objetivo adquirir um maior conhecimento sobre as coberturas. E a partir de seu conceito, classificação e finalidade abordaremos os princípios para se escolher a cobertura ideal.
CONCEITO DE COBERTURAS
Cobertura é todo material substancia ou produto que se aplica sobre a ferida, como finalização do curativo que, após os procedimentos anteriores descritos forma uma barreira física capaz de pelo menos cobrir e proteger o seu leito. (Borges, et al 2001) Curativo compreende todo o processo de limpeza, desbridamento e também a seleção da cobertura e/ ou tratamento tópico do local. Segundo Flávia Sampaio e Eline Lima o conceito de cobertura é complexo e polêmico por exigir certa objetividade abalando paradigmas