Raciocinio
1. DEFINIÇÃO
Segundo Aristóteles, raciocínio é a “operação discursiva por meio da qual se mostra que uma ou diversas proposições (premissas) implicam uma outra proposição (conclusão) ou, pelo menos, tornam esta proposição verosimilhante”. Em outros termos, há raciocínio toda a vez que se infere um pensamento de outro pensamento. O produto do ato de raciocinar é denominado argumentação.
2. ESPÉCIES DE RACIOCÍNIO
Tradicionalmente, são duas as espécies de raciocínio: o raciocínio dedutivo e o raciocínio indutivo.
Raciocínio dedutivo (também chamado silogismo) é aquele cuja conclusão decorre da ligação de dois termos mediante um terceiro. Também se costuma definir a dedução como a passagem do geral ao particular, porque vai um princípio até sua conseqüência logicamente necessária. O raciocínio indutivo se fundamenta nos princípios lógicos (de identidade, de não contradição, do terceiro excluído, de razão suficiente, que já foram visto quando tratamos da doutrina do juízo).
Exemplo: Todo homem é mortal; Ora, José é homem; Logo, José é mortal.
Raciocínio indutivo é aquele cuja conclusão resulta da ligação de dois termos em virtude de partes subjetivas de um dos próprios termos, ou, simplesmente, a indução é a passagem do particular ao geral. O raciocínio indutivo se baseia no princípio de que aquilo que convém a várias partes suficientemente enumeradas de certo universal, convém a esse sujeito universal.
Exemplo: O ferro, o zinco, o ouro, o cobre... são condutores de eletricidade; Ora, O ferro, o zinco, o ouro, o cobre... são metais; Logo, todos os metais são condutores de eletricidade.
3. OS TERMOS DO SILOGISMO
O silogismo tem três termos: o maior, o médio e o menor, os quais integram os juízos constituintes do silogismo. O termo maior constitui o predicado da conclusão. No raciocínio: “todo homem é mortal; ora, Pedro é homem; logo, Pedro é mortal”. Neste último juízo, o predicado